“Mesmo sem querer, todo homem escreve como Clemente de Alexandria recomendava fazê-lo, ou seja, “de maneira a permanecer incompreensível aos heréticos”. E quando fala, adota um discurso velado, que tem muitos sentidos, do qual cada um retém somente o que está à sua altura; somente os mais puros captam seu sentido mais profundo e secreto, que é preservado, assim, de ser maculado e aviltado.
Quando a palavra atinge seu ponto de perfeição, ela não mais aparece, mas é a própria realidade que subitamente se faz presente. E, em seu uso mais íntimo, ela a torna verdadeiramente presente a nós mesmos, de tal maneira que, quando ainda é ouvida, nos perguntamos “Para que dizê-lo?”, como se a evidência mesma que ela nos revela poderia dispensá-la, a ela, que a revelou. Esta é a glória da palavra, abolir-se em seu próprio triunfo”.
“Em tudo que se ouve, deve-se ouvir o não dito, e ninguém compreende livro algum se não souber ler nas entrelinhas”.
Livraria Campagnolo
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