Édipo é expulso de Tebas como responsável pela peste que se abate sobre a cidade. A vítima está de acordo com seus carrascos. A infelicidade apareceu porque ele matou seu pai e casou-se com sua mãe. O bode expiatório supõe sempre a ilusão persecutória. Os carrascos crêem na culpabilidade de suas vítimas; estão convencidos, no momento da aparição da peste negra no século XIV, de que os judeus envenenaram os rios. A caça às bruxas implica que juízes e acusadas crêem na eficácia da bruxaria. Os evangelhos gravitam ao redor da paixão como todas as mitologias do mundo, mas a vítima rejeita todas as ilusões persecutórias, recusa o ciclo da violência e do sagrado. O bode expiatório torna-se o cordeiro de Deus. Assim é destruída para sempre a credibilidade da representação mitológica. Permanecemos perseguidores, mas perseguidores vergonhosos. Toda violência doravante revela o que a paixão de Cristo revela: a gênese imbecil dos ídolos sangrentos, de todos os falsos deuses das religiões, das políticas e das ideologias.
Ficha Técnica:
Número de Páginas: 280
Editora: Paulus
Idioma: Português
ISBN: 978-85-349-2130-5
Dimensões do Livro: 14 x 21 cm
Livraria Campagnolo
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